sexta-feira, 16 de junho de 2017

XXI


05/06/2017

Há mais verdade ontológica sobre a natureza humana nesse videoclipe do que na maioria dos livros filosóficos:




06/06/2017

Quando eu era adolescente, várias vezes adultos me falaram que eu levava as coisas a sério demais. Se tivessem a oportunidade de conhecer as minhas opiniões atuais (com sua indiferença que beira à psicopatia e com seu niilismo festivo), provavelmente me acusariam de levar as coisas a sério “demenos”. Decidam-se de uma vez se tenho que rir ou chorar diante dessa bosta de mundo! Na verdade, eles, sendo insiders, são cegos ao caráter “bóstico” do mundo, e é isso que os faz incapazes de uma intensidade de sentimento a respeito dessa questão; chafurdam na mediocridade necessária à manutenção inercial dos algoritmos autopoiéticos, e não conseguem entender alguém cujo conhecimento do real levou a um rompimento com esses algoritmos.



10/06/2017

Mesmo num círculo bem restrito, como o dos cientistas ateus, há especulações sobre o futuro totalmente díspares: gente que diz que a humanidade estará extinta em 2030, e gente que se pergunta se nossos descendentes pós-humanos sobreviverão ao fim desse universo (que só vai ocorrer em bilhões de anos). Se, por um lado, esse tipo de diversidade, mesmo restrita a um domínio especulativo ateu e materialista (que ignora a existência de um mundo espiritual que afete esse aqui e lhe dê um sentido moral), ratifica o caráter ficcional das realidades que criamos em nossas cabeças, por outro é essa dúvida a respeito do que vai acontecer com nossa espécie que ainda me mantém disposto a viver. Se eu já tivesse certeza sobre o que vai acontecer, não teria mais nada a fazer nesse mundo. Diferentemente de Cioran, eu não caí do tempo.



11/06/2017

Certa vez alguém me falou, ao comentar sobre uma outra pessoa, “elx é uma pessoa cheia de problemas psicológicos”. Ainda estou para conhecer alguém que não possa ser resumido por essa descrição. 



17/06/2017

Eu sou todas as criaturas e inexistem seres exteriores a mim.



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Difícil achar atividade mais modorrenta do que observar os outros falarem sobre a "realidade", como se soubessem de fato algo a respeito do assunto...

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